Dentro de alguns dias terei efectuado o meu primeiro ano em Cabul. Não sinto que algo tenha realmente evoluído pela positiva nesta cidade nos últimos doze meses. A insegurança parece ser a mesma, ou pior. Claro que grande parte da minha percepção de insegurança relaciona-se com o aumento de restrições a que estou sujeito. Restrições de movimentos, restrições nos comportamentos diários, restrições de acessos... Os afegãos parecem na generalidade apreensivos com o futuro, o seu exercito parece mal preparado para assegurar a continuação após a saída progressiva das forças militares estrangeiras daqui a um ano. A identificação de cada vez maiores riquezas no subsolo afegão não irá ajudar a intromissão de estrangeiros nos negócios nacionais nem reduzir o elevado grau de corrupção.